As novas soluções do Google para busca, performance e YouTube Shorts

A ferramenta de busca, por exemplo, deve oferecer mais opções de conteúdo e interatividade, abrindo espaço para que as marcas criem ações

A agenda do Google para lidar com a privacidade e, ao mesmo tempo, manter a eficiência para as estratégias de marketing e de publicidades foi apresentada nesta terça-feira (24) no Google Marketing Live, com novidades sobre a busca, o YouTube Shorts e Performance Max e mensuração.

 

A ferramenta de busca, a partir do uso de tecnologias de inteligência artificial como aprendizado da linguagem natural e visão computacional, deve se transformar cada vez mais para oferecer opções de conteúdo e interatividade, abrindo espaço para que as marcas criem novos tipos de ações.

 

“Com essa experiência mais visual, sem dúvida teremos anúncios mais visuais também, que serão mais úteis, inspiradores e atraentes do que nunca”, Jerry Dischler, vice-presidente do Google Ads.

 

A gigante de tecnologia anunciou também que o YouTube Shorts passará a contar com campanhas de Video Action e de App a partir de hoje, como uma forma de aproveitar uma audiência média de 30 bilhões de visualizações diárias. E até o fim do ano, deve permitir a conexão entre o feed de produto e as campanhas. Além disso, o “Discover” passará por testes para contar com anúncios no feed.

 

Jerry Dischler, vice-presidente do Google Ads (Divulgação)

“Agora, as pessoas poderão entrar em contato com a sua marca de um jeito mais interativo, enquanto rolam pelo conteúdo de que mais gostam em busca de ideias e inspiração. O formato de vídeo não apenas oferece anúncios mais interessantes”, explicou Dischler.

 

Outra novidade é que o Google está disponibilizando o seu inventário para TVs conectadas em Display e Video 360, recurso que será trabalhado em plataformas como Hulu, Peacock, YouTube e outros aplicativos de TVs conectadas que permitem anúncios.

 

De acordo com o executivo, em alguns meses, os profissionais de marketing poderão contar com métricas como afinidade, in-market e audiências demográficas nas campanhas para televisões conectadas, similar ao que já acontece nos anuncios digitais.

 

O profissional também compartilhou algumas informações sobre o Performance Max, que passou por 6 atualizações. Inclui sistema de testes A/B, novos insights e explicações sobre para as campanhas, pontuação de otimização, e suporte às estratégias de comunicação no Search Ads 360 e no aplicativo Google Ads para aparelhos móveis, ações que visam facilitar a otimização e a mensuração dos resultados.

 

Política de privacidade

A movimentação, segundo Dischler, faz parte da visão de futuro da companhia, logo que a mensuração precisa mudar para proteger a privacidade. “Algumas ferramentas que usávamos no passado para medir desempenho online não vão mais funcionar”, acrescentou.

 

Dados da Gartner apontam que até 2023, 65% da população mundial estarão sob legislações modernas de privacidade, como a General Data Protection Regulation (GDPR), que inspirou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. Em 2020, o percentual era de apenas 10%.

 

Uma das soluções que o Google tem reforçado neste sentido de mensuração é o Google Analytics 4 (GA4), que vai substituir o Google Analytics (GA) em meados do ano que vem – a versão paga, o Universal Analytics 360, tem um prazo maior, até outubro de 2023.  A solução unifica dados web e de aplicativos e está mais preparada para um mundo sem cookies, com LGPD e com usuários mais atentos aos seus dados.

 

Rodrigo Carvalho, head de produtos para mensuração do Google Brasil, em entrevista ao PROPMARK, reforçou a urgência das marcas e agências se prepararem para a transição, que é robusta e demanda tempo, podendo levar de 3 a 6 meses de implementação.

 

Apesar da data para a descontinuação ser entre fim do segundo e do terceiro trimestres de 2023, respectivamente, quem não fizer a migração agora pode ficar sem dados comparativos no ano a ano. Isso porque a nova plataforma trabalha de uma forma diferente e não carrega as informações antigas.

“Tem que deixar tudo bem estruturado para tirar proveito de todos os benefícios. Além disso, os profissionais precisam de tempo para se acostumar com a nova cara, interface e usar os conteúdos educacionais para estarem bem confiantes”, complementa.  Apesar do apelo, a percepção dentro do Google é de que o mercado ainda está começo da jornada de migração.

 

 

Matéria extraída de: propmark

por Marcos Bonfim – 24 de maio de 2022

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